quarta-feira, 9 de abril de 2014

Acumuladores de animais - Síndrome de Noé.



Doença foi reconhecida em 2013 como uma manifestação de TOC

O presidente da Sociedade Pa­ranaense de Psiquiatria, André Rotta Burkiewicz, explica que a acumulação é classificada co­mo um tipo de transtorno obses­sivo compulsivo (TOC) no no­vo Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Men­tais (DSM-5), publicado em maio deste ano. “A doença se ca­racteriza pela necessidade com­pulsiva de acumular não só ani­mais, como objetos, sucata. O acumulador tem uma autocrítica muito alterada, não tem no­ção que pode ocasionar problemas à própria saúde e à do animal.”
Segundo Burkiewicz, além de fa­tores genéticos, o TOC pode ser desencadeado pelo am­bien­te e por uma criação familiar rígida. Cerca de 2% da população mundial sofre de algum transtorno obsessivo compul­si­vo, que tem incidência igual sobre homens e mulheres. “Os pre­juízos são muito grandes. A pes­soa deixa de trabalhar, de ga­nhar dinheiro para cuidar dos bichos. Sem contar o prejuízo so­cial. Os familiares não conseguem morar junto, o cheiro dos ani­mais fica insuportável.” Pacientes com transtorno de acumulação podem precisar de psicoterapia ou de medicação.

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