quinta-feira, 2 de março de 2017

A ameaça dos parasitas e insetos no verão



Pulgas, carrapatos e mosquitos se multiplicam com o calor e podem transmitir doenças tanto aos animais quanto às pessoas. Saiba como lidar com isso:

Durante o verão, o País se mobiliza para reforçar os habituais cuidados contra o mosquito  Aedes aegypti. Essa é a época em que habitualmente cresce a população do mosquito e, consequentemente, aumentam os índices das doenças transmitidas pelo inseto, como a dengue e a zika. Mas o Aedes não é o único que se aproveita do clima quente e úmido para se proliferar e disseminar doenças. Nessa estação também aumenta o número de pulgas, carrapatos, moscas e outros vetores de enfermidades que podem ser fatais para humanos e animais de estimação.
PULGAS: o inimigo mais conhecido da saúde animal e que se multiplica com facilidade nessa época do ano é a pulga, que encontra abrigo em praticamente qualquer lugar da casa. Esse inseto se esconde em lugares como carpetes, estofados e tapetes. Eliminá-lo pode ser bastante difícil, mesmo nas residências mais limpas. Como a pulga também está presente em ambientes externos, como praças e parques, habitualmente aproveita a oportunidade de um passeio para pegar carona na pelagem do pet e instalar moradia na sala de estar ou em outro cômodo ao qual o animal tenha acesso. Além da coceira e do incômodo, a pulga também pode transmitir doenças sérias a humanos e animais. É, portanto, importante que o proprietário esteja alerta para a presença do inseto em casa. Nos gatos, por exemplo, a pulga pode transmitir bactérias que causam a micoplasmose hemotrópica, ou anemia infecciosa felina, como é popularmente conhecida. A doença causa fraqueza e falta de apetite, além de levar ao aumento dos nódulos linfáticos. Sem tratamento correto, o felino poderá morrer.
CARRAPATOS: eles representam grande ameaça à saúde animal pelo risco de transmitirem a erliquiose e a babesiose, ambas popularmente conhecidas apenas como doença do carrapato. Esses males, causados por bactéria passadas pelo ectoparasita, comprometem respectivamente a taxa de leucócitos e de plaquetas ou a dos glóbulos vermelhos do paciente. As duas condições são fatais se não forem tratadas.
MOSQUITOS: outro vilão que merece atenção especial dos proprietários de pets no verão, além do Aedes aegypti, é o mosquito Culex pipiens. Ele é vetor de diversas doenças, entre elas a Dirofilariose. A enfermidade é causada quando o inseto transmite um nematódeo que afeta a artéria pulmonar, a veia cava e o coração – por isso a doença é popularmente conhecida como “verme do coração”. Igualmente perigosos são os flebotomíneos, vulgarmente chamados de mosquito-palha. Esses insetos de apenas três milímetros são transmissores do parasito que causa a leishmaniose, doença fatal que tem o cão como principal reservatório urbano.
SAÚDE ÚNICA: manter os insetos transmissores sob controle exige constante eliminação de focos que possam servir de criadouros ou atrativos para eles. Estima-se, por exemplo, que pulgas e carrapatos encontrados nos animais representem apenas 5% da popula- ção local – os 95% restantes vivem livremente no ambiente. Quanto mais um lugar favorecer a presença ou dispersão de determinado vetor, maior a possibilidade da ocorrência de doenças. É importante ressaltar que, ao cuidar do ambiente onde vive o seu cão ou gato, você não zela apenas pela saúde do animal. Também protege a sua família e a comunidade contra a transmissão de zoonoses. O conjunto formado pela saúde do ambiente, dos animais e das pessoas forma a tríade definida como“Saúde Única”. Para o combate preventivo a doenças ser totalmente eficiente é preciso que esses três aspectos sejam considerados. Por isso, a atenção ao local onde seu animal e sua família vivem é tão importante.
PREVENÇÃO: verificar a cabeça e o pescoço do animal depois de cada passeio à procura de pulgas é um hábito importante. A rotina também deve incluir exame de presença de carrapatos, principalmente no caso dos cães. Atenção às patas, especialmente entre os dedos e nos coxins (“almofadas” sobre as quais as patas se apoiam no piso). Blindar a residência contra insetos vetores pode ser um desafio, mas o proprietário é capaz de reduzir consideravelmente as chances de infecção. Contribuem para isso precauções como acondicionar corretamente o lixo, evitar o acúmulo de entulho e manter o ambiente sempre limpo. É necessária atenção para qualquer ponto que possa servir de foco aos vetores. Enquanto os mosquitos dependem de reservatórios de água para completar seu ciclo reprodutivo, os flebotomíneos precisam apenas de solo úmido ou de matéria orgânica para se desenvolverem. Algumas medidas importantes de prevenção são proteger os reservatórios de água, guardar corretamente a comida, inclusive a do animal, e proteger a residência e o canil com telas. O proprietário deve tomar todas as ações possíveis para limitar o acesso dos vetores à água, aos alimentos e aos abrigos. No caso de áreas consideradas de risco, tratamentos pré-exposição podem ser recomendados por um médico-veterinário. Outras formas de controle vetorial ajudam a aumentar ainda mais a proteção dos animais, como o uso de coleiras inseticidas e os banhos terapêuticos com produtos voltados para esse objetivo. Mas essas medidas devem ser utilizadas somente com orientação do médico-veterinário, lembrando que ajudam a evitar doenças, mas não eliminam o risco por completo. Informe-se com um profissional sobre quais vetores são mais comuns na sua região e sobre as medidas que podem ser tomadas para proteger o seu animal de estimação.

fonte: http://portal.cfmv.gov.br/uploads/files/452_amigo_vet%20FINAL.pdf


CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO VETERINÁRIO E CUIDE DA SAÚDE DO SEUS ANIMAIS.


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