quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cisticercose e neurocisticercose


A cisticercose é um sério problema emergente de saúde pública e um problema para a agricultura em muitos países da África, Asia e América Latina. Humanos adquirem o verme Taenia solium ao comerem carne de porco crua ou mal passada, contaminada com o cisticerco, que é a forma larval da tênia, que se desenvolve no intestino dos humanos quando se instala, e se torna um verme adulto que pode crescer até 3 metros. Estes vermes adultos eliminam seus ovos nas fezes humanas, que podem então contaminar outros humanos e também os porcos. A contaminação pode ser por contato direto com os portadores, ou indiretamente por contaminação de água e alimentos. A doença é altamente associada à criação de porcos em condições precárias de higiene. A ingestão dos ovos resulta numa migração de larvas para diferentes partes do corpo dos humanos e porcos, e formação dos cistos (cisticercose). Os porcos podem albergar milhares destes cistos, tornando a carcaça destes animais contaminados não segura para consumo. Um importante local de migração das larvas em humanos é o sistema nervoso central. A neurocisticercose humana ocorre quando os cistos se desenvolvem no cérebro. É considerada a mais frequente infecção parasitária de sistema nervoso em humanos e causa comum de casos de epilepsia nos países em desenvolvimento. É estimado que a cisticercose afeta mais de 50 milhões de pessoas pelo mundo, em áreas endêmicas, causando milhares de mortes por ano.

Medidas preventivas:
  • Sempre consumir carne com selo de inspeção de serviço de vigilância sanitária.
  • Evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.
  • Lavar as mãos depois de defecar e antes de manipular alimentos.
  • Beber água mineral ou fervida.
  • Lavar bem frutas e verduras antes de consumí-las.
  • Não jogar esgoto em córregos, rios, etc.
  • Criar animais em boas condições de saúde e higiene, e sempre com a supervisão de um médico veterinário.

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