quinta-feira, 15 de novembro de 2012

É preciso conhecimento para conviver com animais.



 
Consequência da super população no bem-estar de cães e gatos.

Bem-estar é definido como a destreza do animal de interagir e viver bem no ambiente em que é mantido. As interferências sobre o bem-estar podem advir de doenças, restrição alimentar e fome, carência ou inadequada interação social, condições de moradia, manejo inadequado, falta de assistência veterinária ou alterações genéticas.

Um dos motivos do comprometimento do bem-estar de cães e gatos é a falta de compreensão das suas necessidades e do comportamento natural das espécies. Muitos animais são adquiridos por impulsos motivados por questões superficiais, por exemplo, o filme da moda que traz um cão como protagonista. Tais aquisições são, com frequência, seguidas de abandono, negligência ou maus-tratos, quando o animal cresce e o ser humano não sabe como lidar com as necessidades e com o comportamento natural do animal. Além disso, o cão tem o seu bem-estar comprometido por tentativas de adequação às necessidades humanas, como por exemplo, amputações de orelhas e caudas, colares de choque e  reforço negativo esfregando o focinho do animal em suas fezes, até mesmo operações mutilantes, como a retirada das cordas vocais

No caso de animais urbanos não domiciliados, o bem-estar de cães de rua envolve questões sobre a inadequação alimentar, procura de água e abrigo, lesões decorrentes de acidentes envolvendo automóveis, outros animais e seres humanos e doenças, bem como a falta de convívio com o ser humano.

Nestas situações é frequente a violência contra animais, registrada nas sociedades que desconhecem ou ignoram o fato dos animais serem seres sencientes e que, por conseguinte, sofrem e têm necessidades.

O que se observa atualmente na maioria dos centros de controle de zoonoses é a ausência de infraestrutura adequada e de pessoal qualificado em número suficiente para o atendimento das solicitações da comunidade, o que pode gerar a adoção de métodos não humanitários de captura, confinamento e extermínio de cães e gatos. Em síntese, pode-se dizer que as causas mais influentes
para o crescimento demográfico de cães e gatos advêm da falta de conscientização sobre a guarda responsável por parte da maioria da população, a capacidade reprodutiva desses animais, a carência de legislações eficazes no que tange ao comércio e criação desses animais, além da falta de envolvimento de muitos médicos veterinários.

(fonte: revista MV&Z, n°1, 2012, pg35, vol.10)
 

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