quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Desequilíbrio ambiental e aquecimento contribuem para proliferação de doenças.

Entre os motivos para o crescimento dos casos de dengue, zika vírus e chikungunya está a extinção dos predadores naturais


Dengue, zika vírus, chikungunya. Vírus que vem dando muito trabalho aos departamentos de saúde e provocando mudanças no comportamento da maioria da população.
O Vilão é um só: Aedes aegypti, o agente transmissor.
Os mosquitos da malária e das febres amarela e dengue, são bastante sensíveis às condições meteorológicas. O Anopheles, transmissor do parasita da malária (o protozoário Plasmodium falciparum), causa surtos da doença somente nos locais onde a temperatura comumente exceda os 15ºC.
Da mesma maneira, o Aedes aegypti, que transmite a dengue, se desenvolve nos locais onde a temperatura raramente cai abaixo dos 10ºC. Os mosquitos proliferam mais rápido e picam mais, quando o ar é mais quente. Ao mesmo tempo, o calor mais intenso acelera a taxa em que os agentes patogênicos se reproduzem e amadurecem.
Breno Grisi, professor de Ecologia, explica, em matéria publicada no blog Ecologia em Foco, explica que a 20ºC o protozoário da malária leva 26 dias para se desenvolver completamente. A 25ºC ele só precisa de 13 dias para o seu completo desenvolvimento. Para os mosquitos e respectivos agentes causadores de doenças, protozoário da malária e vírus da dengue, o Brasil “é um paraíso tropical”.
Por outro lado, o desequilíbrio ecológico provocado pelo desenvolvimento a qualquer custo, acabou por eliminar grande parte dos predadores naturais destes insetos. Sapos e rãs, por exemplo, importantes predadores naturais dos mosquitos, vêm sofrendo reduções em suas populações em diversos ecossistemas ao redor do planeta.
As causas são identificadas. A destruição de seus habitats naturais, determinada pelo avanço do ser humano nas expansões urbanas e ocupações desordenadas decorrentes da expansão agrícola e a mortandade dos seus embriões.
Vale lembrar que em nossa cultura é raro se falar que sapos e rãs, assim como lagartos, lagartixas, morcegos e aves, tem um papel fundamental no equilíbrio ambiental, exatamente por serem predadores.
Na falta de predadores naturais, o mosquito se reproduz de maneira intensa.
O Aedes aegypti é adaptável e persistente e gosta de água limpa e parada. Ele coloca os ovos nas paredes desses criadouros, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre ela. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, os objetos onde pode haver focos.
Um ovo de mosquito pode sobreviver em média por um ano no seco. Mesmo que o local onde ele foi depositado fique sem água, não significa que a ameaça acabou. Assim que encontrar umidade novamente o ovo volta a ficar ativo e pode se transformar em pupa, larva e, em sete dias, chegar à fase adulta.

fonte: http://ineam.com.br/desequilibrio-ambiental-e-aquecimento-contribuem-para-proliferacao-de-doencas/

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