domingo, 26 de junho de 2011

Larva Migrans Cutânea (bicho geográfico)


A larva migrans cutânea é uma erupção que ocorre na pele, decorrente da penetração de larvas de nematódeos das espécies Ancylostoma braziliense e A. caninum: parasitas intestinais de cães e gatos. O Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Uncinaria stenocephala, Bunostomum phlebotomum, e algumas espécies dos gêneros Strongyloides e Gnathostoma; embora de forma rara, também podem provocar este problema.
Cães e gatos contaminados, liberam os ovos do parasita, juntamente com suas fezes. Em aproximadamente 24 horas, os ovos eclodem, surgindo as larvas, que se tornam infectantes cerca de uma semana depois. Caso uma pessoa entre em contato com tais organismos, eles podem atravessar sua pele, migrando para o tecido subcutâneo (entre a epiderme e a derme), provocando coceira e formação de erupções contínuas, finas e tortuosas na pele, com traços que se assemelham a um mapa. Em razão dessa característica é que a larva migrans cutânea também é chamada de bicho-geográfico.
Como a larva não consegue se desenvolver na região do organismo em que está inserida, e tampouco consegue alcançar a corrente sanguínea ou o intestino, o problema tende a regredir naturalmente em algumas semanas. No entanto, a presença da larva é bastante incômoda, inclusive esteticamente falando. As substâncias tóxicas eliminadas por ela podem provocar alergias, e o ato de se coçar propicia o surgimento de infecções secundárias. Assim, pode ser interessante consultar um especialista, a fim de diagnosticar o problema e receber as devidas orientações referentes ao tratamento.
As áreas mais acometidas são os pés, pernas, mãos e nádegas; e crianças são as principais vítimas. Na maioria dos casos, a pessoa se infecta quando entra em contato com areia de praia, ou de parquinhos, contaminada. Isso porque cães e gatos costumam defecar em ambientes arenosos e tais locais se apresentam propícios para a eclosão dos ovos desses parasitas.
Em virtude das características dessa infestação, algumas medidas são importantes para evitar que você e/ou outras pessoas sejam acometidas. São elas: evitar o contato direto com areia contaminada por fezes de animais, não andar descalço, utilizar luvas ao manipular areia e solo em geral; evitar áreas arenosas, sombreadas e úmidas; vermifugar periodicamente cães e gatos, e recolher as fezes dos animais de estimação.

(fonte: www.alunosonline.com.br/biologia/ Por Mariana Araguaia)

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